domingo, 30 de dezembro de 2012

CURRICULUM VITAE



"Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o fôlego, já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado.
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.
Já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora, já passei trote por telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo, já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro pro melhor amigo.
Já confundi sentimentos, peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Conheci a morte de perto, e agora anseio por viver cada dia.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante.
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas.
Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
- Qual sua experiência?
Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
- Experiência... experiência...
Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência?
Não!!!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!"

O que é Ciência em poucas palavras



Ciência é meramente saber por que razão e como as coisas funcionam. A cientista do filme “Ponto de mutação” explica, minuciosamente bem, muitas razões das quais a Ciência procura desvendar, ou melhor, esclarecer e também mostra como as coisas funcionam, como elas são na verdade. Verdade que muitas vezes a massa populacional mundial não sabe ou não conhece, seja porque elas não são tão divulgadas como deveriam, ou acreditam mais no que veem e não simplesmente no que leem, ou não têm interesse.
A Ciência revela elementos que não sabemos nem conhecemos. E assim seu objetivo está em mostrar a verdade a mais próxima da realidade. É difícil compreender ou criar uma imagem de coisas que não vemos. Ela vai tentar fazer com que as pessoas possam criar suas imagens e entenderem o quê, como as coisas são e que elas existem mesmo que não as vejamos. Como é o caso do minúsculo átomo que não vemos, porém ele existe. A protagonista deste filme deu uma explicação muito convincente, evidentemente, baseado em estudos científicos, do que é um átomo: fez uma comparação com o tamanho da Terra e de uma pequena pedra, para que pudéssemos entender o tamanho do espaço vazio que há dentro de um átomo em relação ao tamanho do seu núcleo.
Ela alimenta-se de hipótese, questionamentos. Para que haja ciência é preciso alguma coisa para descobrir-se a maneira de como proceder que ela funcione. O cientista tem que ter a dúvida para ir buscar o esclarecimento, a verdade, formando aí uma teoria para o funcionamento daquilo que foi buscar. Muitas vezes eles enfrentam as barreiras da sociedade que vive em função da religiosidade, dos preconceitos, da ganância, do poder, ficando, assim, numa corda-bamba, havendo de refletir até que ponto suas descobertas serão bem empregadas ou mesmo úteis à população. (HPN)